segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Movel Home Theater - 2008


Cozinha Funcinal - 2007


Residência Unifamiliar em Florianópolis/SC - 2006

Criação de proposta para dar continuidade a uma obra semi-construída. Projeto de cobertura, ampliação e jardinagem. Consultoria para sistemas elétrico e hidráulico.



Antes








A Proposta



Depois - O processo








Residência Unifamiliar em Curitiba/PR - 2003






domingo, 31 de agosto de 2008

Ilhas Verdes de Cultura e Vida Urbana

Trabalho de Conclusão de Curso - 2008 - UFSC
Acadêmica Priscila Mei Minku
Orientador Almir Reis

O presente projeto reúne diversas ambições por um espaço requalificador do centro. Há preocupação em vincular a arquitetura contemporânea e a antiga com harmonia, isto sem perder de vista o objetivo de criar uma linguagem arquitetônica contemporânea, que expresse os valores estéticos do nosso tempo. Do mesmo modo, objetiva-se abrigar adequadamente os novos usos, levando em consideração aspectos de conforto térmico-acústico e permeabilidade visual e espacial entre o espaço público e o privado. A liberação dos níveis térreos objetiva a criação de espaços urbanos de encontro, aliados à uma atmosfera verde gerada por jardins. Expressivas intervenções urbanas e culturais, dispersadas no centro histórico da capital em forma de pequenas “ilhas verdes”.

Em síntese, constitui o objetivo geral do presente trabalho:

· Desenvolver proposta arquitetônica para o entorno da Rua Fernando Machado, inserindo equipamentos e atividades culturais, visando requalificar o ambiente urbano do centro de Florianópolis.

Além deste objetivo principal, o projeto também responde aos seguintes:

· Inserir o projeto no centro histórico, próximo de arquiteturas responsáveis pela montagem da história local, como uma forma de intensificar o elo entre história e atividades culturais;

· Elaborar proposta para utilização de terrenos baldios da Rua Fernando Machado e reutilização de edificações patrimoniais coloniais e ecléticas;

· Propor espaço que permita o aprendizado, criação e trocas culturais;

· Suprir a necessidade dos alunos de artes cênicas por espaços de ensaio para atividades de extensão e trabalhos criados por conta própria;

· Suprir a falta de teatros em Florianópolis;

· Propor conjunto arquitetônico que permita a expansão de atmosfera cênica para além dos limites do teatro;

· Aplicar técnicas sustentáveis ao projeto arquitetônico;

· Qualificar a ambiência urbana da Rua Fernando Machado, através de tratamento paisagístico adequado e articulação com espaços abertos configurados nas novas edificações inseridas na área.


Estratégias sustentáveis e de conforto

· Utilizar técnicas e mão-de-obra locais;

· Utilizar materiais locais, como o concreto e a alvenaria, diminuindo gastos e tempo com transporte;

· Criar átrios com jardins internos de grande porte para obter um microclima agradável aos usuários e economia de energia artificial através do aquecimento passivo no inverno e ventilação e frescor no verão.

· Projetar com a natureza, por meio de jardins e terraços-jardim, para resgatar o verde, a permeabilidade do solo, reduzir das ilhas de calor, purificar a atmosfera no entorno da edificação e formar um microecossistema nos jardins;

· Criar grandes fechamentos em tela metálica para servir de apoio a plantas trepadeiras, a fim de aumentar a quantidade de área verde e reduzir a inércia térmica do edifício, bem como favorecer a ventilação cruzada;

· Aproveitar a água pluvial com o intuito de diminuir a carga de drenagem e reduzir o consumo de água tratada, com destino para irrigação de jardins, limpeza da edificação e vasos;

· Reciclagem de águas pluviais;

· Uso de dispositivos economizadores de água, tais como: torneiras de acionamento hidromecânico, mictórios de acionamento de descarga automática, vasos sanitários a vácuo.



As três edificações inseridas no entorno

Albergue para Artistas

Teatro Oficina

Teatro Oficina

Teatro Oficina

Teatro Oficina

Edifício Multifuncional



sábado, 30 de agosto de 2008

Terminal Turístico na Joaquina

A problemática

Antes de propor uma edificação na praia da Joaquina é necessário sentir seu ambiente marinho, a vegetação rasteira das dunas, o verde dos morros, a brisa do mar. Observar se todos os equipamentos criados pelo homem condizem com a paisagem, gerando um todo positivo e a favor da escala do homem com a natureza.

Infelizmente, ao percorrer a praia, a experiência que pude ter foi de um espaço caótico, com o meio ambiente degradado devido às construções e ao sistema viário inadequados para uma área de dunas. O skyline era perturbador com a presença de uma pedreira no lugar do verde dos morros, de um grande estacionamento de carros ao invés da rica vegetação de restinga e com a obstrução visual da praia devido ao excesso de edificações de frente para o mar.

Partindo deste ponto, fiquei imaginando como era a Joaquina há vinte anos atrás. Qual era sua infra-estrutura? Mas também qual era o número de usuários? Certamente o cartão postal não era o mesmo e os usuários desfrutavam muito mais de suas belezas naturais.

É óbvio que não podemos retroceder a Joaquina à imagem de seu passado, pois muitas coisas mudaram, mas penso que algo ainda pode ser feito e melhorado. Por que não deixar a paisagem em primeiro plano? Logo imagino a concentração dos usos em um único edifício sobre pilotis e com uma grande permeabilidade visual, de modo a ferir a paisagem o menos possível e permitir o movimento das dunas.

Quanto ao sistema viário que interliga a Lagoa da Conceição à Joaquina, imagino modalidades diversas, como o teleférico e as ciclovias, visando a sustentabilidade e rompimento da nossa dependência rodoviarista. Para aproveitar de forma racional o sistema viário, acrescento ao sistema público de transporte, o uso de vans com a intenção de reduzir o número de automóveis particulares.

O edifício

A Joaquina é uma praia freqüentada por um amplo público alvo e nela desempenham-se as mais variadas atividades, que vai desde aos esportes radicais, como a apreciação da paisagem e de uma boa comida. Frequentemente ocorrem campeonatos de surf e logo na estrada de acesso à praia enxergamos praticantes de sandboard divertindo-se nas dunas e praticantes de parapaint ocupando os morros.

Tendo em vista a grande demanda e diversidade dos usos e o compromisso com a intervenção sustentável, busquei aliar práticas, a princípio antagônicas, em uma única edificação (espaço multi-uso). A concentração dos usos visa reduzir a área de impacto causada pela implantação de edificações, incentivando o processo de recuperação da restinga. Outra solução para este problema foi a adoção de pilotis que também têm a vantagem de descolar a edificação do solo, permitindo a livre movimentação das dunas.

Analisando a implantação, fica clara a minha intenção de inserir a edificação perpendicularmente à praia, transformando o ambiente construído em uma grande passarela que liga a Av. Prefeito Acacio Garibaldi à praia, visando a acessibilidade, praticidade e recuperação das dunas através da estratégia de indução de fluxos.

Em relação às técnicas construtivas, busquei na modulação um modo de racionar o uso de materiais, evitando o desperdício e reduzindo o tempo de obra. Para as lajes foi utilizada a laje alveolar; para as vigas, perfis “i” metálicos”; e pilares redondos pré-fabricados de concreto. Toda a modulação segue em função das dimensões da laje alveolar (larguras 1,20m e 0,60m), levando à distanciamentos de 6m entre pilares e balanços de 3m.

Na arena multiuso, devido às dimensões generosas que um espaço deste requer, busquei leveza com a estrutura treliçada metálica, de modo a vencer grandes vãos com o mínimo de pilares. No caso da cobertura, solucionei-a com apenas 4 pilares que se ramificam nas extremidades, remetendo às árvores. Aliado a isso, há uma negação aos fechamentos convencionais. Questiono sua aplicação nesta edificação, a partir de que o meu partido é liberar a vista para o skyline em 360° sem gerar desconforto térmico, permitindo a livre circulação dos ventos. Isto foi possível com a criação de brises móveis de madeira que compõe a “caixa” que envolve e protege a arena multi-uso. Por serem móveis, os brises podem ser fechados em situações bioclimáticas desfavoráveis.

Novamente em defesa do conforto térmico, projeto a estrutura da cobertura da arena com uma grande abertura na porção superior central, de modo a criar correntes de convecção. Nesta porção também há iluminação zenital de modo a aproveitar com, moderação a iluminação natural.

Em relação à eficiência energética, busquei suprir a demanda energética de toda a edificação por meio de painéis fotovoltaicos. A cobertura situada acima da passarela possui estrutura vinculada a painéis fotovoltaicos, todos orientados para o norte, com a inclinação da latitude de Florianópolis (28°), a ideal para se aproveitar o máximo de incidência solar durante o dia.












Fachada Leste

Fachada Oeste



Implantação

Térreo


Primeiro Andar


Segundo Andar


Terceiro Andar


Quarto Andar

Cobertura

Corte AA'

Corte BB'


Projeto Acadêmico - 2007 - UFSC
Acadêmica Priscila Mei Minku

Professor Nelson Saraiva

Albergue










Projeto Acadêmico - 2006 - UFSC
Acadêmica Priscila Mei Minku
Professor Almir Reis